17/09/2009

A LUTA ARMADA


                   A luta armada contra o Regime Militar de 1964


Com o golpe militar de 1964 e o combate cada vez maior dos militares contra os focos de agitação e distúrbios, grupos dissidentes do partido comunista iniciaram as atividades de guerrilha armada urbana ou rural com vista a derrubar a ditadura.

Dentro do próprio exército, cerca de doze militares perseguidos pelo novo poder vigente se organizaram no MNR (Movimento Nacionalista Revolucionário), o grupo que teria sido o primeiro a se dedicar às atividades armadas de oposição ao militarismo.

Paralelamente organizações esquerdistas como a POLOP deram origem a grupos cada vez mais radicais. Praticando assassinatos, atos terroristas, sequestros, assaltos a bancos e supermercados.

Dentre os demais grupos esquerdistas que se dedicaram à luta armada com maior ou menor intensidade estão: ALN, COLINA, MCR, MEP, Molipo MR-8, PCBR, POC, VPR, VAR-Palmares.

A esquerda

- Mais de mil sindicatos de trabalhadores foram fundados até 1964;

- Surge o Comando Geral dos Trabalhadores (CGT);

- Pacto de Unidade e Ação (PUA ¬ aliança intersindical);

- União Nacional dos Estudantes (UNE);

- Ação Popular (católicos de esquerda);

- Instituto Superior de Estudos Brasileiros (Iseb - reunindo intelectuais de esquerda);

- Frente de Mobilização Popular (FMP, liderada por Leonel Brizola);

- União dos Lavradores e Trabalhadores Agrícolas do Brasil ;

- Ligas camponesas .

Organizações de luta contra o regime militar e pela instalação do regime comunista (inclusive surgidas após o golpe)

A Guerra de Independência de Moçambique gerou a independência da antiga colônia portuguesa de Moçambique, em 25 de Junho de 1975, uma luta de guerrilha contra o exército português, também conhecida como Luta Armada de Libertação Nacional. O levantamento armado foi lançado oficialmente em 25 de Setembro de 1964, com um ataque ao posto administrativo de Chai no então distrito (actualmente província) de Cabo Delgado.

Esta luta foi organizada pela FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique), formada em 25 de Junho de 1962, pela fusão de três movimentos já existentes. Este movimento tinha base no Tanganyika (a parte continental da actual República Unida da Tanzânia) e era reconhecido pela Organização da Unidade Africana como um legítimo movimento de libertação.

A guerra de libertação expandiu-se para as províncias de Niassa e Tete e durou cerca de 10 anos. Durante esse período, foram organizadas várias áreas onde a administração colonial já não tinha controle — as Zonas Libertadas — e onde a FRELIMO instituiu um sistema de governo baseado na sua necessidade em ter bases seguras, abastecimento em víveres e vias de comunicação com as suas bases recuadas na Tanzânia e com as frentes de combate.

A guerra terminou com os Acordos de Lusaka, assinados a 7 de Setembro de 1974 entre o governo português e a FRELIMO, na sequência da Revolução dos Cravos.


Maria Jucilene acadêmica de Jornalismo da faculdade Rsá Picos-PI

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